Desde 2014 no Rio, o mixologista paulistano Tai Barbin já chegou na cidade arrebatando a cena etílica carioca. Toda sua experiência e criatividade na alquimia nos coquetéis estão lhe rendendo prêmios e mais prêmios, ano a ano: Melhor Carta de Drinques (Comer & Beber, da Veja Rio; O Melhor do Rio, da Época, ambos em 2015; e Prazeres da Mesa, em 2017) e Melhor Bartender (Comer & Beber 2016). Para conquistar tamanhas credenciais, o trabalho exige uma rotina intensa durante o dia e, principalmente, à noite. E para manter a disposição, a melhor aliada é a cafeína.
“Meu dia só começa depois de tomar um café. Até no Nosso tem drinque com a bebida. O Balança Mas Não Cai leva tequila envelhecida, licor artesanal de café a base de rum, que fazemos na casa, aperitivo de alcachofra, Mole Bitter e café coado (R$33)”, conta Tai sobre a carta de seu novo bar, em Ipanema. A casa abriu as portas em abril deste ano e já é um sucesso entre os apreciadores de um bom balcão.
Confira a lista de cinco cafés charmosos no Rio, por Tai Barbin.
Atualmente, o Curto é um dos melhores cafés no Centro do Rio. Um dos motivos do sucesso da casa é que os donos são adeptos da economia justa: cada cliente paga o quanto acha que vale a equação entre qualidade, ambiente e serviço. “Eles escrevem todos os custos da operação num quadro, e você paga o quanto quiser, sem ninguém para conferir ou cobrar. Lá tem expresso e capuccino, que é fora de série. Os grãos utilizados são muito bons”, recomenda Tai.
“O Sofá Café oferece uma experiência muito interessante, a Coffeeaholic (R$80). Você escolhe um tipo de grão e o experimenta através de quatro métodos de preparo diferentes. Vale muito a pena, os resultados são muito interessantes”, explica Tai. Para participar da Coffeeaholic é preciso fazer reserva. E duas dicas: para sentir a essência de cada xícara, recomenda-se não adoçar nem comer durante a degustação.
A cafeteria “hipster” de Copacabana tem um ambiente agradável e bem decorado, um charme só. A casa destaca-se também pelo atendimento atencioso, um conforto para os leigos diante de tantas opções de grãos e modos de extração. Vale dedicar-se também a conhecer os cafés gelados, como o Cold Brew e o surpreendente Expresso Tônica. Para comer, não resista aos pãozinhos de queijo e aos bolos tentadores expostos no balcão.
“O Café Secreto é um segredinho bem guardado numa vila no Largo do Machado. Eles oferecem diversos tipos de métodos e têm um cuidado especial com os grãos“, elogia Tai Barbin. A pequena cafeteria fica num charmoso sobrado, com balcão - um bom pouso para os curiosos saberem os detalhes de cada café servido na casa -, e mesinhas com vista para a Vila do Largo. O ambiente é tranquilo e charmoso, com muitas plantas, um belo convite para tomar um cafezinho no sossego, perto, porém longe, da muvuca do Largo do Machado.
“Na The Slow Bakery vale experimentar o cold brew (método de extração a frio, durante horas), que é muito interessante. A Dri Menezes é uma barista experiente. Sem falar na comida que é maravilhosa. Os pães são fora da curva. Vale pelo conjunto da obra.”, elogia Tai.
Então, se sua intenção é tomar um café gostoso acompanhado de pães feitos com carinho, esta padaria artesanal em Botafogo é um bom destino. Por lá, como o nome sugere, a produção tem seu próprio ritmo, tudo feito à mão, dos pães aos cafés especiais. Mas aí tem também a granola, o iogurte, as geleias, os bolos, os cookies, os queijos frescos…
“O dono é da Austrália, um país onde não cresce grão de café, é tudo importado. Mas lá a cultura do barista é muito forte, então eles têm um know-how muito grande. No Kraft eles servem expresso, é aquele básico bem feito. O ambiente é legal, pequeno, bem reservado”, comenta o mixologista.
Na cafeteria Kraft, em Ipanema, os grãos são comprados ainda verdes e são torrados por lá mesmo. Além do expresso, a casa prepara um bom cafezinho carioca, flat white e muitos outros. Ainda há a opção de café vegano com leite de amêndoas, por exemplo.